Resumo Objetivo Demonstrar, em 36 porcos usados como modelos vivos, que o acesso intraósseo (IO) é mais eficaz em comparação com o acesso endovenoso (EV) na administração de antibiótico profilático em cirurgias na articulação do joelho. Materiais e Métodos Foram coletadas, analisadas e comparadas amostras de pele, tecido subcutâneo, cartilagem e osso, após administração de antibiótico profilático EV e IO em grupos diferentes. Resultado A comparação entre os grupos IO e EV indicou que no grupo IO houve maior concentração de antibiótico profilático na pele (p = 0,049), na cartilagem (p = 0,018) e no osso (p = 0,002), na análise das primeiras 24 horas após 30 minutos de infusão. Conclusão Visto que as complicações dessa prática são raras, o uso dessa via pode ser uma opção para a diminuição do risco de infecção do sítio cirúrgico nas cirurgias ortopédicas, pois leva à diminuição da morbimortalidade e dos gastos hospitalares com reabordagens ou com tempo prolongado de internação. Contudo, são necessários mais pesquisas e novos estudos experimentais em seres humanos, dado que está comprovada a eficácia do método em porcos.

Abstract Objective To demonstrate that the intraosseous (IO) access is more effective compared with the intravenous (IV) access for prophylactic antibiotic administration in knee joint surgeries, using 36 pigs as live models. Materials and Methods Skin, subcutaneous tissue, cartilage, and bone samples were collected, analyzed and compared after the administration of IV or IO antibiotic in different groups. Results When comparing the IO and IV groups, the IO group showed a higher concentration of prophylactic antibiotic in the skin (p = 0.049), cartilage (p = 0.018), and bone (p = 0.002), in the analysis of the first 24 hours after 30 minutes of infusion. Conclusion Since complications regarding this practice are rare, the use of this pathway may be an alternative to reduce the risk of surgical site infection in orthopedic surgeries, leading to a decrease in morbidity and mortality and hospital expenses with readmission or prolonged hospitalization time. However, further research and further experimental studies in humans are required, as the effectiveness of the method in pigs has been proved.

RESUMO Introdução: A associação entre diabetes mellitus e disfunção cognitiva está se tornando clara, exigindo que o médico que atende o paciente diabético tenha condições de fazer uma avaliação cognitiva. Testes simples que podem ser aplicados durante consultas de rotina podem ser de importância para monitorar disfunção cognitiva durante o curso do diabetes. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi a avaliação da cognição em diabetes mellitus tipo II (DM-II) usando testes simples que podem ser incorporados na prática médica diária. Métodos: Um estudo transversal foi realizado no período entre maio e setembro de 2011, incluindo controles saudáveis e pacientes com DM-II. Voluntários com 60 anos ou mais foram avaliados para Reconhecimento de Figuras, Fluência Verbal e Teste 10×36. Resultados: Um grupo de 100 participantes foi dividido em um subgrupo de 50 pacientes com DM-II e um subgrupo de 50 voluntários saudáveis. Não houve diferença estatística entre as características demográficas O teste 10×36 mostrou desempenho significativamente pior nos pacientes com DM-II (p<0.0001). Quando o subgrupo de DM-II foi avaliado com relação à duração da doença, houve diferença significativa (p<0.001) para o Reconhecimento de Figuras e para Fluência Verbal, com pior desempenho cognitivo para indivíduos com maior tempo de doença, independente do gênero e idade. Conclusão: Reconhecimento de Figuras, Fluência Verbal e Teste 10×36 são testes fáceis de aplicar que poderiam ser utilizados na prática médica diária para identificação precoce de disfunção cognitiva em pacientes com DM-II.

ABSTRACT Background: The association between diabetes mellitus and cognitive dysfunction is becoming increasingly clear, rendering it necessary for physicians in charge of diabetic patients to have the means to assess cognitive performance. Simple tests that can be applied during routine consultations may be useful for monitoring cognitive function during the course of diabetes. Objective: The objective of the present study was to assess cognition in diabetes mellitus type II (DM-II) using simple tests that can be incorporated into routine medical practice. Methods: A cross-sectional study including healthy controls and DM-II patients was carried out between May and September 2011. Volunteers aged 60 years and over were assessed by means of figure recognition, verbal fluency and the 10×36 tests. Results: A group of 100 participants was divided into a subgroup of 50 DM-II patients and a subgroup of 50 healthy volunteers. No statistical difference regarding demographic characteristics was found between the two groups. Results on the 10×36 test showed significantly worse performance among DM-II patients (p<0.0001). Assessment of the DM-II subgroup in terms of disease duration showed statistically significant differences (p<0.001) on figure recognition and verbal fluency, with worse cognitive performance among individuals with longer disease duration, irrespective of gender or age. Conclusion: Figure recognition, verbal fluency and 10×36 tests are easy to apply and could be used in routine medical practice for the early detection of cognitive dysfunction among patients with DM-II.